O tempo se esgota
Na tempestade rouca do mundo.
Cidade cemitério em festa
Margaridas negras devoram góticos.
Saudade atravessando relógios
Atlântico Samba-Ars antiqua
Metralhando em mim polifonia,
Poesia e possessão.
A vida no meu calcanhar
E o que restou do soluço?
Onze borboletas em meu telhado de lágrimas
Apenas eu!
Talvez ateu.
Já não há adeus.
O uivo condenado da alma
Minúsculo e quase nada
Vestindo o invisível peso da solidão.
Leleco.
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