terça-feira, março 11, 2008

Bússola


Posso ser eu sem ser eu
Que você me entende.
Quanta vida há na estátua?
Quanta liberdade há no pombo?

Transito pelo amor,
Indefinidamente dilatado.
Sete medidas verdadeiras do tempo
E quase nada mudou.

Aposto que sei o que gosta!
Respira fundo e volta
Ainda é tempo de inventar
Mais uma chance e se perder
Na bússola que esqueceu o norte.

Leleco.

segunda-feira, março 10, 2008

Sementes

Confusos parafusos do tempo
Tocam o céu apenas de leve
Meio milímetro de onde nunca estive
Questão de escala ou de escolha?

A gravidade de uma gravidez
Nas rugas do amanhã.
Múltiplo e profundo
Os erros que deixei de cometer.

Consumo poesias caducas
Que nascem e morrem
Assim que gira o mundo.
Lanço sementes de estrelas
No universo que é você.

Leleco.