segunda-feira, outubro 28, 2013

Perfume Calvin Klein
Pra exalar sua solidão
Offline.

Leleco.

Tantos outros
E agora
São poucos.

Leleco.
Cego amor
Não
Te muda.

Leleco.
Sinto o cinto
Apertar o que minto
E não o que sinto.

Leleco.

quinta-feira, outubro 24, 2013

O sal da saudade

Saudade é uma invenção pra nada
A náusea ser de Sartre
A fúria pornô juvenil
Grafiti, gravetos, gravatas
Gravados no peito papel
Poesia do exilado
Deitado em berço esplêndido
Eu posso ou eu passo?
Amor-Quixote, desejo Sancho Pança
Intimidando o intermediário
Dizendo coisas novas
E o vento levou e ninguém duvida
A Divina Comédia do meu drama
Alighieri sorrindo seus Dantes cariados
Há dias em que penso ser sua saudade
Talvez, a minha própria caridade
Pregos, pragas e fórmulas mágicas
Em meus elitismos etílicos
No seu catolicismo retrógrado-pau-no-cú-pós-punk
Você não perde por esperar!
Sem antes nem depois
Toda a incapacidade de sermos tudo o que bem quisermos
A saudade é um uivo Ney Matogrosso.

Leleco.
Entre nós
Gira a pomba
Ou o sol?

Leleco.
Tão veredas
Esse grande ser
Em vão.

Leleco.
Risco o resto
E arrisco
O rumo.

Leleco.
Sempre sopro
Sua sombra
Quando sobra a sarjeta.

Leleco.
Em mim
As suas
Costas nuas.

Leleco.

quinta-feira, outubro 17, 2013

Na mete minto
Quando esqueço
Que sobre-vivo.

Leleco.
Ontem
Distante
Tempo
Gestante.

Leleco.

quinta-feira, outubro 10, 2013

Bemol ou sustenido
Meio tom abaixo
Tudo faz sentido.

Leleco.
Cubro o culto
E descubro
O oculto.

Leleco.
Na memória
A calma
Dessa solidão funerária.

Leleco.
Viver
Nesse mundo
Não é tudo.

Leleco.

domingo, outubro 06, 2013

Era meu
O que não era
Em mim?

Leleco.
Nem fita
Nem fato
Saudade é uma caixa de sapato.

Leleco.

quarta-feira, outubro 02, 2013

É o cúmulo
A gente mal sai da placenta
E já caminha para o túmulo.

Leleco.
O sapo incerto
Preferiu recusar
Os insetos.

Leleco.