segunda-feira, setembro 25, 2006

O céu de Copérnico

Diferente e vivendo
O caos do mapa astral
Assim como Plutão,
Fui morto pelo esquecimento dos intelectuais.

A origem do universo e minhas lateralidades
Desaparecem diante do seu sorriso morno.
Difícil é compreender
Como nunca me equilibro longe do seu corpo.

O céu de Copérnico
Já não pode ser o mesmo que o meu.
Agora esse curto-circuito
Produz novas possibilidades de futuro.

Leleco.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Travesseiro

Acendi a vela
Velei a velha vontade de esquecer
Agora que mudou
Não sei por onde começar.

Escrevo com o sangue
Da orelha de Van Gogh
As minhas incompletudes
Que nunca se completaram em você.

Na verdade,
Nunca sei o que ser quando estou com você.
Apenas sou a transparência de indecência
Na luta por sua existência.

Arrume as malas
Porque essa fila longa do banheiro
Me fez pensar
No seu cabelo liso em meu travesseiro.