sexta-feira, outubro 23, 2009

Devolva-me ao mar!

Vou lançar um laço de fita
Tudo que é sólido desmancha no ar.
Em cada sopro do universo
Sempre vide o verso.

Aquilo que ainda escrevo
Talvez já tenha sido escrito
Além do céu frio
Das ruas do meu Rio.

Deixa correr a noite
No champagne que você derramou
E molhou o nosso mundo.
Estranho batismo do verbo amar...
Devolva-me ao mar!

Leleco.

terça-feira, outubro 20, 2009

De Rimbaud à Timóteo




Um livro de Rimbaud
Rímel e batom
Foi tudo o que restou.
Também sou o outro só
Que recolhe almas
Com sorriso indeciso.

Risco o espelho e vejo dois
Há nuvem e neve
Nesse andar esquisito.
Chaplin me daria razão?

Sopra a vida e sopra a morte
Algumas doses de scoth
Adianto o relógio em uma hora
E volto na chuva cantando Agnaldo Timóteo.

Leleco.