quinta-feira, janeiro 24, 2013

Pra alguma coisa

Sou palavra tua
Escrita na palavra minha
Silêncio que caminha
Quando converso sozinho.

Sabe ser tão sábio
Quando tenta não ser sério
Só não parecia advinhar a palavra
Diante do mistério.

Febre fútil fervendo de poesia
E tudo que está além é a mesma porcaria.
Antes que a vida me leve embora
Você há de me ler pra alguma coisa.

Leleco.

sábado, janeiro 19, 2013

Cristãos e Canibais

Cristãos e Canibais
Dormem outra vez
Em paz.

Leleco.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Cantiga da Mentira

Quase posso dizer aquilo que esqueci
Depois que comecei a mentir.
Poesia por uma palavra tua
Evitando a ausência crua.

Encurto multiplicando circuitos
Dentro do mesmo coração.
Cana capim limão
Deslizam no desespero do mundo.

Evoco a força de meus mortos
Na véspera de existir.
Entre o que sou e o que fui,
O nome que se apaga.

Leleco.