terça-feira, março 06, 2012

Qualquer outro

É tudo questão de circo, circuito e coito
O medo que tenho das cores.
Chove chumbo Pernambuco
Pelé de todos os santos.

Eu morto de preguiça
Do novo soul americano.
Sal, céu e Cruzeiro do Sul
Baba profana de boi Zebu.

Tudo desde sempre
Sem nunca antes ter havido
A imagem refletida da própria vida
Amassada pela poesia aflita.

Esquecido em meu e em mim
Sou qualquer outro
Que nunca vejo.

Leleco.

Um comentário:

Mariana Xavier disse...

Maravilhoso!