quinta-feira, julho 14, 2011

Sobre o silêncio

Dessa vida vadia só restou
Esse jeito disfarçado de existir.
Dos amores que dobram em mim
Sou os passos que partiram sem voltar.

Alongo algumas insônias
E alugo os meus sonhos.
Sobe e desce os vidros do quarto
Sobre o silêncio feito imagem.

Pulsos atados pela dúvida
Na beira da madrugada.
Alimento delírios líquidos
Em frente ao espelho amarrotado.

Saudade do tempo em que meus olhos foram brasa.

Leleco.

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