terça-feira, julho 05, 2011

Gaiola

É quase manhã
Na gaiola do tempo
E eu ainda nem sei se é falta ou saudade
Esse vazio de vidro a se quebrar por dentro.

Estou tomando algum sentido.

Um sorriso
Tão rico e não me pertence.
O próximo,
Cada vez mais distante.

Doce de abóbora
Sapato e gravata
Carne assada
Aprendi a odiar.

Estou pensando em casar.

Invento o último andar
Nuvens são girafas
Giro a garrafa e é uma vida que perco
Derramada no álcool.

Estou tentando ser imortal.

Leleco.

Um comentário:

Juliana Gelmini disse...

"É quase manhã
Na gaiola do tempo
E eu ainda nem sei se é falta ou saudade
Esse vazio de vidro a se quebrar por dentro."
*___*

Lindo!