Falta
Mata
Um
E existe
O que nunca foi
E sinto
Como sempre
Morro só por hoje.
Acordo caduco
Melancolia de menino
Cuspindo entulho
Liberdade que se aprende
Na tinta fresca do muro.
Poucas moedas moídas
Desequilibrando minhas pernas
Esmolo poemas
Verdades que são minhas
E não me sabes.
A volta
Há volta?
Desajeitado tempo ninguém
Envelhecido pelo álcool
Angústia absurda
E ela disse: "- Poeta é tudo filho da puta!"
Leleco.
quinta-feira, março 31, 2011
terça-feira, março 29, 2011
Sábado de Aleluia
A carne vai sobrando
No prato vivo que não mastigo.
Guardo o sol longe do corpo
E lá fora, afogo o que ainda será fogo.
Esquisito é o meu implorar pelo frio
Ardendo almas e traumas
Da loucura do outro,
Na falta de sono
Do sonho que vai vencer.
Eu não me salvei
Dos litros de delírios que salivei.
E ofereço a saudade do que fui
Para Judas no sábado de aleluia.
Leleco.
No prato vivo que não mastigo.
Guardo o sol longe do corpo
E lá fora, afogo o que ainda será fogo.
Esquisito é o meu implorar pelo frio
Ardendo almas e traumas
Da loucura do outro,
Na falta de sono
Do sonho que vai vencer.
Eu não me salvei
Dos litros de delírios que salivei.
E ofereço a saudade do que fui
Para Judas no sábado de aleluia.
Leleco.
sexta-feira, março 25, 2011
Vermelho pode ser violeta
O amor veste um amargo bordeaux
E vem me cobrar impostos.
É que desconheço a tal mistura
Da uva espremida na garrafa de vinho.
Quase cinza, sorri para o fogo
E todos me condenaram.
Ninguém me reconhece mais
Pareço até ser quem nunca morri.
Sopro baforadas de barulho
No silêncio intelectual dos ignorantes.
Esse acúmulo verde dos olhos
Na cegueira vermelha dos amantes.
Eu menti sobre mim,
Sou um ninguém chamado saudade.
Você sabe bem o que eu sempre quis:
Recitar poemas em cardápios de bar.
Naquele dia, você havia misturado
Vermelho com vinho perolado.
Leleco.
E vem me cobrar impostos.
É que desconheço a tal mistura
Da uva espremida na garrafa de vinho.
Quase cinza, sorri para o fogo
E todos me condenaram.
Ninguém me reconhece mais
Pareço até ser quem nunca morri.
Sopro baforadas de barulho
No silêncio intelectual dos ignorantes.
Esse acúmulo verde dos olhos
Na cegueira vermelha dos amantes.
Eu menti sobre mim,
Sou um ninguém chamado saudade.
Você sabe bem o que eu sempre quis:
Recitar poemas em cardápios de bar.
Naquele dia, você havia misturado
Vermelho com vinho perolado.
Leleco.
sexta-feira, março 11, 2011
Sommeil artificiel (O outro lado)
Dorme em mim
Assim, de leve.
Dorme aqui
Sonhando telas de Dalí.
Dorme, menina
A saudade asfixia
E nenhum ansiolítico
É melhor que o meu peito.
O mundo é pequeno
Entre o mito e o medo.
Ninguém chora o meu silêncio
Na palma da sua mão vazia.
Ah, esse sono de verão
No desprezo do inverno.
Tantos aquários da imaginação
Na solidão do travesseiro.
Leleco.
Assim, de leve.
Dorme aqui
Sonhando telas de Dalí.
Dorme, menina
A saudade asfixia
E nenhum ansiolítico
É melhor que o meu peito.
O mundo é pequeno
Entre o mito e o medo.
Ninguém chora o meu silêncio
Na palma da sua mão vazia.
Ah, esse sono de verão
No desprezo do inverno.
Tantos aquários da imaginação
Na solidão do travesseiro.
Leleco.
quarta-feira, março 02, 2011
Cólica
Traí
Distraí
Embriagado no tapete
Catando anjos microscópicos
Nas caixas do céu.
O cérebro procurando uma brecha
No universo, na lucidez
Ou além das vogais amassadas
De uma nota no obituário.
Ah, esse perfume velho da noite
Panfletando vagalumes inquietos
Na boca arreganhada
De algum Orixá.
Sufoco o riso e me dói o miocárdio
Sempre começo pelo fim
Por isso, nunca caso.
Trezentos dias
Em seus cabelos espalhados pela cama.
A melancolia e o sonho,
Caminham sobre lâminas.
Na cólica da virgem
O poeta se alimenta.
Leleco.
Distraí
Embriagado no tapete
Catando anjos microscópicos
Nas caixas do céu.
O cérebro procurando uma brecha
No universo, na lucidez
Ou além das vogais amassadas
De uma nota no obituário.
Ah, esse perfume velho da noite
Panfletando vagalumes inquietos
Na boca arreganhada
De algum Orixá.
Sufoco o riso e me dói o miocárdio
Sempre começo pelo fim
Por isso, nunca caso.
Trezentos dias
Em seus cabelos espalhados pela cama.
A melancolia e o sonho,
Caminham sobre lâminas.
Na cólica da virgem
O poeta se alimenta.
Leleco.
terça-feira, março 01, 2011
Bule Blue

Bule blue
Café e cafuné
Doce é o açucareiro,
Diabético é o amor.
Faca tramontina
Pão e requeijão
Saliva de menina
Às nove da matina.
No verso do envelope
Um demônio familiar.
Vontade de tossir um cigarro
Pra afastar mau-olhado.
Há bons dias esquecidos pela agonia
Depois de amanhã, serei o agora
Esvaziando o ontem
Na três por quatro da fotografia.
Leleco.
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