sexta-feira, agosto 20, 2010

Um homem chamado Ninguém

Eu não vou escrever nada
Além do que você já sabe ou deveria.
Eu não uso loção pós-barba
Aliás, eu nem faço mais a barba.
Calculo o amor pela ausência
E cada qual se encontra só em sua suficiência.

Eu não acredito em Deus nem no Diabo
E eles também não devem acreditar em mim.
Duvido quase sempre do que penso
Afinal, existo, logo penso.

Derramo vinho no meu ex-tômago
Armo a bomba!
E tudo queima dentro de mim.
Você ainda quer que eu sorria
E ofereça alegria?

Leia o meu silêncio, finalmente, bem educado
Todo psicólogo é psicologicamente pertubado.
Eu não creio em santos e sábios,
Só confio na palavra simples e pura da puta.
Antes de morrer,
Toda sabedoria é nula.

Respingo verdades quando convém,
Engano o vazio alimentando um bêbado equilíbrio,
Esqueço e sou esquecido pela banalidade coletiva.
Todo mundo diz a mesma coisa:
"Poesia não vale um vintém!"

Leleco.

Um comentário:

Chrisce disse...

Adorei!!