terça-feira, agosto 10, 2010

Invisível

Um vale o outro
Dos quais só um
Abandona o outro lado.
Vinte segundos virado ao avesso
E me torno vários.

Alguém aceita o meu buquê de neurônios?
Ao que tudo indica,
Continuo vivo nesse corpo escorregadio.
Desvio vadio do equilíbrio
Nas quedas que eu não arrisco.

Agora pareço um quadro qualquer de Renoir
No meio desse silêncio branco
Querendo ser tudo e aceitando não ser nada.
Esquecido na poesia não lida de suas virgens filhas
Ah, como eu queria ter escrito a Bíblia...

Leleco.

Nenhum comentário: