sexta-feira, maio 28, 2010

Privada



Acordei tarde demais
Pra sentir quem eu fui.
Afogado na ressaca dos que bebem
A solidão das paredes.

Aquele que recolhe almas
Também desmaia estrelas pelo escuro
Do cinza em que me deito
Na infinita tinta do muro.

Um frio fino rasga o meu torto sorriso
Tudo é colorido e misturado com álcool.
Depois e antes
A privada se tornou a minha amante.

Leleco.

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