sexta-feira, maio 14, 2010

Na moldura (Para Leleco)


Qual é o gosto do gostoso?
Onde a sede e a fome se tornam banquete?
Invento as loucuras mais incertas
No vazio de mim.
O céu se lança ao mar desnudo
Tudo é tempo, templo, túmulo.

São os minutos moleques
Acelerando os ponteiros
Na moldura dos meus trinta e um.
O que ainda faz parte do que restou?

O silêncio de um domingo no ouvido?
O medo lento do meu nada?
Ou a dança do átomo?
Agora e na hora exata
Esse mesmo intenso imaginar.

Sempre quero mais!
Onde estou que não me encontro
Na voz do eco
Sagrado e profano
Chamado Leleco?

Leandro.

Nenhum comentário: