quarta-feira, maio 03, 2006

O dia que eu fui azul

No dia que eu fui azul
Sambei em desarmonia pelas folhas do dicionário,
Ouvi cantar a velha sereia um poema de Gullar.
O que há de mais vivo em mim agora?
Talvez os meus netos que brincam no quintal,
O meu tórax afogado
Ou esse soluço que não passa.

Há algum tempo,
Escrevo com a mesma caneta fraca
Verdades que deixo ir embora
Foi mesmo preciso um dia azul
Para acreditar nisso até o fim.

Leleco

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo! Adoro ler o blogs amigos! Virei aqui sempre! Beijos

Leleco disse...

Venha sempre!!!
Será muito bem-vinda!!
Beijos.