segunda-feira, outubro 31, 2011

Os sete passos da sombra

O mesmo demônio que queima ao contrário
Convida para as três mortes pagãs do sol.
Encontro o seu Deus na antiga palavra ateu
E em pequenas doses instáveis de perdão.

Línguas de fogo anunciam
O mais novo poeta de gaveta.
Atirando verdades viúvas
Em esquecimentos vazios.

É a escuridão percebendo o dia
Nesse grito surdo de rebeldia.
O futuro derretido no relógio
Enquanto os céus me condenam.

Afundo pensamentos e medos
Em travesseiros de insônia.
Ouçam os sete passos
Da sombra que me chama pelo nome.

Leleco.

Um comentário:

Mariana Xavier disse...

O belo silêncio gritante de suas palavras.