O mesmo demônio que queima ao contrário
Convida para as três mortes pagãs do sol.
Encontro o seu Deus na antiga palavra ateu
E em pequenas doses instáveis de perdão.
Línguas de fogo anunciam
O mais novo poeta de gaveta.
Atirando verdades viúvas
Em esquecimentos vazios.
É a escuridão percebendo o dia
Nesse grito surdo de rebeldia.
O futuro derretido no relógio
Enquanto os céus me condenam.
Afundo pensamentos e medos
Em travesseiros de insônia.
Ouçam os sete passos
Da sombra que me chama pelo nome.
Leleco.
segunda-feira, outubro 31, 2011
quarta-feira, outubro 26, 2011
sexta-feira, outubro 21, 2011
O céu e não o seu
Naquele instante você sorriu
Cinza cor da guimba
E não reparou no verbo venenoso
Que usei pra te conjugar.
Fez o egoísmo morrer de inveja
Daquela velha idéia banguela
De atravessar o tempo
Fingindo qualquer inocência.
Acendeu sete ventos e guardou a chuva
Tentou cortar com os dentes
Aquilo que se despede na chegada
Como a vida gasta na vidraça.
Inventou outro mundo
E ainda procura por ele.
Na saudade além dos dedos
Sou o céu e não o seu
Soluço mais forte que a morte.
Leleco.
Cinza cor da guimba
E não reparou no verbo venenoso
Que usei pra te conjugar.
Fez o egoísmo morrer de inveja
Daquela velha idéia banguela
De atravessar o tempo
Fingindo qualquer inocência.
Acendeu sete ventos e guardou a chuva
Tentou cortar com os dentes
Aquilo que se despede na chegada
Como a vida gasta na vidraça.
Inventou outro mundo
E ainda procura por ele.
Na saudade além dos dedos
Sou o céu e não o seu
Soluço mais forte que a morte.
Leleco.
terça-feira, outubro 18, 2011
Setenta Minutos no Inferno
O sol que ilumina agora é frio e cor de chumbo
Setenta minutos no inferno
E um resto de pecado num canto da boca.
Rasguei cada salmo
De um livro que nunca li
E interrogo cada sonho murcho
Do cheiro de minha infância.
O tempo reverso de meus reflexos
Espelhados na memória que se perde.
Ausência que já não sinto
Na saudade de minha vida.
Leleco.
Setenta minutos no inferno
E um resto de pecado num canto da boca.
Rasguei cada salmo
De um livro que nunca li
E interrogo cada sonho murcho
Do cheiro de minha infância.
O tempo reverso de meus reflexos
Espelhados na memória que se perde.
Ausência que já não sinto
Na saudade de minha vida.
Leleco.
sexta-feira, outubro 14, 2011
Abismo de Espelhos
É a tua própria laranja mecânica
Essa camisa-de-força 10mg
Que você engole com vodka
Na necessidade de se esquecer.
O que sabes sobre as traças do meu tempo?
Plantei vômitos em minúsculos banheiros
Desafiando a sósia de minha sombra.
Provavelmente, seria o bastante
Pra demonstrar quem fui.
Agora restou esse dó sustenido
Na coluna febril do meu corpo.
Essa boca seca
Do podre sal de nenhuma saliva
E o seu glaucoma que não enxerga o meu estado de coma.
A poesia não deu em nada!
Carne exposta mal passada, mão na coxa
Sua boca testando meus testículos
Suave orgasmo rouco e nada mais importa
Nem mesmo o desprezo ou piedade.
A poesia não satisfaz!
Coração alheio à incubadora
Aprendiz de solidão
Perca-se nesse abismo de espelhos
Até o escasso branco dos seus cabelos.
A poesia arde o silêncio de sermos reais.
Leleco.
Essa camisa-de-força 10mg
Que você engole com vodka
Na necessidade de se esquecer.
O que sabes sobre as traças do meu tempo?
Plantei vômitos em minúsculos banheiros
Desafiando a sósia de minha sombra.
Provavelmente, seria o bastante
Pra demonstrar quem fui.
Agora restou esse dó sustenido
Na coluna febril do meu corpo.
Essa boca seca
Do podre sal de nenhuma saliva
E o seu glaucoma que não enxerga o meu estado de coma.
A poesia não deu em nada!
Carne exposta mal passada, mão na coxa
Sua boca testando meus testículos
Suave orgasmo rouco e nada mais importa
Nem mesmo o desprezo ou piedade.
A poesia não satisfaz!
Coração alheio à incubadora
Aprendiz de solidão
Perca-se nesse abismo de espelhos
Até o escasso branco dos seus cabelos.
A poesia arde o silêncio de sermos reais.
Leleco.
segunda-feira, outubro 10, 2011
Vertebrado
Espinha em espiral
Coluna cervical
Vertebrada fraqueza humana
Enquanto se desgastam os anos.
A verdade vertical contida
Na mentira divina.
Preservando qualquer excesso
De um Deus pelo qual não espero.
Oculto algum sujeito inválido
E equilíbro rimas em suas retinas.
É a vida que se apaga
Depois dos trinta ou antes da despedida.
Fim do primeiro ato.
Leleco.
Coluna cervical
Vertebrada fraqueza humana
Enquanto se desgastam os anos.
A verdade vertical contida
Na mentira divina.
Preservando qualquer excesso
De um Deus pelo qual não espero.
Oculto algum sujeito inválido
E equilíbro rimas em suas retinas.
É a vida que se apaga
Depois dos trinta ou antes da despedida.
Fim do primeiro ato.
Leleco.
quarta-feira, outubro 05, 2011
Calibre 38
De tanto caminhar sobre céus
Comecei a remendar tempestades.
O seu sorriso-calibre 38
Não assalta mais a minha saudade.
Diante do seu amor estrangeiro
Quem sou eu sem ser eu?
As migalhas do esquecimento
Alimentando dúvidas de outras eternidades.
Tímido túmulo do silêncio
No abismo morto de seus beijos.
Minha lágrima é gargalhada no espelho
Onde nunca mais seremos os mesmos.
Leleco.
Comecei a remendar tempestades.
O seu sorriso-calibre 38
Não assalta mais a minha saudade.
Diante do seu amor estrangeiro
Quem sou eu sem ser eu?
As migalhas do esquecimento
Alimentando dúvidas de outras eternidades.
Tímido túmulo do silêncio
No abismo morto de seus beijos.
Minha lágrima é gargalhada no espelho
Onde nunca mais seremos os mesmos.
Leleco.
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