quinta-feira, junho 24, 2010

O Papagaio do Analista

Acordei sustenido
Suspenso pelo cansaço
Daquela velha fuga em sol menor
Que nunca fez sentido.

Afoguei verdades
No ventre de tua mãe
E ainda me faltam abrigos.
Calei a palavra repetida
Pelo chato papagaio do analista.

Esmaguei a cabeça
Em alguns pensamentos
Para lembrar quem eu fui.
Pode ser a minha cruz
Ou qualquer cruzamento.

Esqueci no meu corpo
O desequilíbrio da certeza.
Enganei a mim mesmo
Acompanhado de uma indispensável fraqueza.

Leleco.

Nenhum comentário: