terça-feira, junho 08, 2010

Insônia no mato, me mata.

Piso no seu passo
E o tédio queima no meu dedo.
Restou a sombra
Que você esqueceu na cama
E algumas manchas.
Abracei o frio só pra distrair um sorriso
E fingi ser meu vício.

Toda insônia é infiel
No meu vadio sono.
Abandono o silêncio dos ruídos
Na fuligem dos famintos.

Não há dúvida na despedida
Nem na ferrugem dessa poesia.
A saudade rouba e não devolve
A noite que engoliu o dia.

Leleco.

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