Vou lançar um laço de fita
Tudo que é sólido desmancha no ar.
Em cada sopro do universo
Sempre vide o verso.
Aquilo que ainda escrevo
Talvez já tenha sido escrito
Além do céu frio
Das ruas do meu Rio.
Deixa correr a noite
No champagne que você derramou
E molhou o nosso mundo.
Estranho batismo do verbo amar...
Devolva-me ao mar!
Leleco.
sexta-feira, outubro 23, 2009
terça-feira, outubro 20, 2009
De Rimbaud à Timóteo

Um livro de Rimbaud
Rímel e batom
Foi tudo o que restou.
Também sou o outro só
Que recolhe almas
Com sorriso indeciso.
Risco o espelho e vejo dois
Há nuvem e neve
Nesse andar esquisito.
Chaplin me daria razão?
Sopra a vida e sopra a morte
Algumas doses de scoth
Adianto o relógio em uma hora
E volto na chuva cantando Agnaldo Timóteo.
Leleco.
segunda-feira, setembro 21, 2009
Mastigando Vozes
Acordei mastigando vozes
Nada parecia ter mudado.
Arrastei pijama pela casa
E alimentei o gato.
Mordi o dente com raiva
Ao devorar distâncias.
Há cores molhando nossa saudade
Sei que vivo e que morro em sua boca
E de teus cabelos escorrerá o dia...
Leleco.
Nada parecia ter mudado.
Arrastei pijama pela casa
E alimentei o gato.
Mordi o dente com raiva
Ao devorar distâncias.
Há cores molhando nossa saudade
Sei que vivo e que morro em sua boca
E de teus cabelos escorrerá o dia...
Leleco.
quarta-feira, agosto 26, 2009
Adeus da Rosa
quinta-feira, agosto 20, 2009
Alface
Do outro lado da poça
A moça desafia o mundo
Combinando batom vermelho e óculos escuros.
Naquela cidade
Todos arrastam insanidade
De um bem para tantos esquecidos
Em retalhos de um dia frio.
Uma canção no sofá de nós mesmos
E antes que o tempo acabe
"- Vamos viver só de alface!"
Leleco.
A moça desafia o mundo
Combinando batom vermelho e óculos escuros.
Naquela cidade
Todos arrastam insanidade
De um bem para tantos esquecidos
Em retalhos de um dia frio.
Uma canção no sofá de nós mesmos
E antes que o tempo acabe
"- Vamos viver só de alface!"
Leleco.
quinta-feira, julho 30, 2009
Mosaico
quarta-feira, julho 15, 2009
A Tomada

Desligo o passado da tomada
No fim da fila,
O impossível recomeça.
A cada qual, seus riscos
Rabisco pelo chão do nunca mais
O agora na hora exata.
Acendo a palha do cigarro,
Esse é o meu jeito de sentir
A pólvora disfarçada na fumaça.
Felicidade alugada
No canto da vida que passa.
Nas esquinas que me esperam
Ou nesse céu de remendos
Sou feito de nada, tudo
E do sangue dos moribundos.
Leleco.
No fim da fila,
O impossível recomeça.
A cada qual, seus riscos
Rabisco pelo chão do nunca mais
O agora na hora exata.
Acendo a palha do cigarro,
Esse é o meu jeito de sentir
A pólvora disfarçada na fumaça.
Felicidade alugada
No canto da vida que passa.
Nas esquinas que me esperam
Ou nesse céu de remendos
Sou feito de nada, tudo
E do sangue dos moribundos.
Leleco.
segunda-feira, junho 29, 2009
Incolor
Do nosso lado
Todo amor é incolor.
E amanhã seremos talvez
O nunca e o sempre.
Impensados passos
Em doidas calçadas.
Morro em tua garganta
No grito que você não deu.
Aposto a sua incerteza
Contra o meu desespero
E o que sobra é esse gosto de vazio
De um dia cinzento.
Leleco.
Todo amor é incolor.
E amanhã seremos talvez
O nunca e o sempre.
Impensados passos
Em doidas calçadas.
Morro em tua garganta
No grito que você não deu.
Aposto a sua incerteza
Contra o meu desespero
E o que sobra é esse gosto de vazio
De um dia cinzento.
Leleco.
segunda-feira, maio 11, 2009
Roda-Gigante

Eu quero nuvens,
Febre e fuligem
Regressar à própria origem.
Ver a verdade além do escudo,
Ser o trapezista do meu mundo.
Não há deuses pra te consolar
Só restou a chuva fria
Eu improviso uma velha canção
Entre Drummond e Caymmi.
Onde perdi os meus demônios?
Esquinas que já não sinto,
Vida que me alimenta
De cerveja e veneno.
Olha o tempo
Envelhecendo o nosso amor e a nossa morte
Roda-gigante e roda a cabeça
No meio desse show de Rock.
Leleco.
quarta-feira, abril 29, 2009
Fotografia
Recorto o vazio
Morro com os dias
Piso na poça
Água que o vento traz.
Céu sem sol
Sombra de sal
A curva na despedida
O beijo entre duas meninas.
O último dia do mundo
Praia longe do mar
A fotografia que você não revelou
Sopra o que eu fui e devora o que sou.
Leleco.
Morro com os dias
Piso na poça
Água que o vento traz.
Céu sem sol
Sombra de sal
A curva na despedida
O beijo entre duas meninas.
O último dia do mundo
Praia longe do mar
A fotografia que você não revelou
Sopra o que eu fui e devora o que sou.
Leleco.
sexta-feira, abril 24, 2009
Contrabando
Vem, vamos embora
Contrabandear aventuras
Em sonhos vadios.
Embriagar passos que esqueço
Enquanto canto canções que invento.
Quero beijos na vidraça,
Quero o mudo e suas palavras
O vento traz a falta
Sobre a hora que não passa.
Três séculos de espera
E ainda é véspera de existir
Morro na emboscada da rede
E acordo em ti.
Leleco.
Contrabandear aventuras
Em sonhos vadios.
Embriagar passos que esqueço
Enquanto canto canções que invento.
Quero beijos na vidraça,
Quero o mudo e suas palavras
O vento traz a falta
Sobre a hora que não passa.
Três séculos de espera
E ainda é véspera de existir
Morro na emboscada da rede
E acordo em ti.
Leleco.
quarta-feira, abril 22, 2009
Paleolítico
O caso mais difícil
A certeza do desconhecido
O efeito do meu vício
Vampiros que se alimentam de livros.
Toda dúvida mata!
Ao diabo com os erros.
Despedaço o vazio
E abandono a estrada.
É preciso ouvir as vogais
Quando todo mundo diz a mesma coisa
Assim vivo há dois mil anos.
Descubro o que se é
Antes de completar trinta.
Por excesso ou desvio
A minha poesia permanece extinta.
Leleco.
A certeza do desconhecido
O efeito do meu vício
Vampiros que se alimentam de livros.
Toda dúvida mata!
Ao diabo com os erros.
Despedaço o vazio
E abandono a estrada.
É preciso ouvir as vogais
Quando todo mundo diz a mesma coisa
Assim vivo há dois mil anos.
Descubro o que se é
Antes de completar trinta.
Por excesso ou desvio
A minha poesia permanece extinta.
Leleco.
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