quarta-feira, junho 27, 2007

O AR-TISTA

Apaga o sol esta noite
Fantasmas inventam notícias
E o imprevisível artista
Por migalhas se humilha.

Essa multidão de santos
Que sufocam fiéis desesperados
Dentro de igrejas vazias
Prometem a salvação das almas
Pagando o dízimo do dia.

Vestido de silêncio
Desfilo pelas ruas
A minha barriga nua
Exposta ao vento
E três meses de vida ali dentro.

Cultivam ignorantes na TV
Permaneço surdo a tudo
E agora o imprevisível artista
Por seu filho respira...

Leleco.

Um comentário:

Anônimo disse...

Para um ar-humano, nada como uma fonte de oxigênio.
Se nele encontra vida,
faça valer cada dia.
O seu sorriso vai se multiplicar quando os anos forem acumulados, cabelos ficarem brancos, e tiver mais um parceiro fiel nesse mundo.
Vai, essa é sua!
Agora é só sua essa função.
Feliz agora, para feliz a dois: ele merece!