Eu não sou você
Mas o que sou me percebo através de você.
Quando tenho eu não sou
E quando sou eu não tenho
O que há de errado com isso?
No meio de duas Fernandas
A psicanálise se lança,
A minha cabeça balança
Num quadro simples onde eu vejo
Que sou forte e talvez fraco
À medida que desapareço.
Inconveniente vantagem essa
De ser macaco falante
Se quase sempre me calo
E acabo nem de um lado nem do outro.
Canto jardins pra nascer primaveras
A existência já não assusta tanto
Coloco sabor no outro beijo
Pra redimir os meus danos.
Leleco.
3 comentários:
parece que algo mudou nas perspectivas da vida.
Ou não será mudança?
um beijo
A desconstrução e construção se faz necessária!!
Eterna metamorfose... Raul Seixas tinha razão?
Não gosto muito de dar razão ao Seixas, mas devo confessar que também prefiro ser essa metamorfose ambulante.
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