Há uma variedade perdida
De verde em meus olhos.
O sorriso de quem volta do inferno
É sempre mais vedadeiro
Dos que insistem em viver no céu.
Não sou movido por culpa nem pena
Como você pensa que poderia ser?
Encontro no bolso
O nome daquilo que não queria um nome
E o melhor que eu posso fazer com isso
É experimentar o ângulo da queda fatal.
E mesmo se o não-saber soubesse
Não saberia jamais
Que tudo o que eu fiz
Foi alimentar o meu narcisismo em você.
Perigoso é passar pelo inverno
De sombras semelhantes
Que se escondem em mim
E desafiam o que há de mais constante.
Quem nega os sentidos sou eu!
A arte canta meus remendos...
Quem me salvará
Se no próximo espelho eu me afogar?
Leleco.
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