Hoje é véspera de mim
E eu com essa cara de anteontem
Cuspindo a baba histérica do delírio
De nenhuma loucura.
Haja Deus e tantos Saturnos
Pra esse pobre coração soturno.
Não há tempo a perder
Quando é tempo de se perder.
Eu sou a orgia exagerada
Que molha a sua calcinha
Com medo de se afogar.
O vento vinha vinho em mim
E acordo ao seu lado
Embrulhado em plástico-bolha.
Beber e soluçar ressacas
Antes do fim do dia
Enquanto enrolo minha vida
No sabor menta de sua língua.
Leleco.
Um comentário:
Que delícia de poesia!
Abeille.
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