quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Cigarrilhas

Poesia embrulhada em papel de bala
Perfume de palavra suja
Deus esvaziou o mundo
E no meu cinzeiro,
Ainda moram algumas cigarras.

Desenho Kandinsky em suas coxas
Enquanto a ressaca me bebe as horas.
Ingênuo gênio pornográfico
Na monogamia da traição.

Tudo agora é outro parêntese
Você sorri lábios enquanto pinta as unhas
Eu te faço o jantar
E falo sobre a incerteza do fogão.

Leleco.

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