
Não há nada que me faça esmagar
As palavras nesse papel furado
Acordei e não encontrei
O que havia de errado.
Só se ouve o vento
Silêncio do outro,
Outro silêncio
Nas cores do outono.
Apenas confundo as sombras
Que me convidam a viver
Entre prédios cinzentos
E um estranho querer.
Três vidas esquecidas em mim
Nesse resto de cigarro.
Há convite nos sapatos:
É hora de fugir sem deixar rastro.
Leleco.
As palavras nesse papel furado
Acordei e não encontrei
O que havia de errado.
Só se ouve o vento
Silêncio do outro,
Outro silêncio
Nas cores do outono.
Apenas confundo as sombras
Que me convidam a viver
Entre prédios cinzentos
E um estranho querer.
Três vidas esquecidas em mim
Nesse resto de cigarro.
Há convite nos sapatos:
É hora de fugir sem deixar rastro.
Leleco.
Um comentário:
É, querido... dizer é sempre indizível, para tal, faz-se necessário "esmagar", não as palavras, mas o miolo delas, o recheio; e as palavras, estas precisam alargar-se, como quem enche o peito, inflando letrinha por letrinha, até que se rompa o papel e aquelas escorreguem pelo furo irresistível do convite.
Viva o convite.
Postar um comentário