sexta-feira, março 23, 2007

Depois do Fim

Deus inacabado
Na madeira morta dos homens
Prego e chicote
Ofuscam e reforçam
Voltaire, Baudelaire, Balzac e Madre Tereza de Calcutá.

Procuro por dobras,
Experimento a troca.
Desce da cruz, Jesus!
E encara o olhar de crianças inimigas
Em Hiroshima, Paquistão e no Complexo do Alemão.

Acreditei até ontem
No passado congelado do mundo
Inevitável verdade que o tempo revela
Nas lágrimas dos inocentes.

Cada vez mais o nada
Se aproxima da existência
E depois do fim,
Mil certezas na vergonha de minhas falhas.

Leleco.

2 comentários:

Unknown disse...

lindo, muito!

Anônimo disse...

...e depois do fim, resurgirá o ínicio.
E quem restará?
Quem contará a nossa história?
Depois do fim, ficarão poucos.
Fortes, dispostos.
Alegres, devotos
até o próximo fim.